Fundo hedge da Adar Capital espera que Venezuela continue a saldar dívida em 2017

De acordo com o mais recente panorama financeiro para a Venezuela, divulgado pelo fundo hedge Adar Capital Partners, esse país continuará saldando sua dívida normalmente, como tem feito desde 2014, saldando US$ 32,4 bilhões de capital. Caso a Venezuela não tenha acesso a mercados internacionais em 2017, ela só precisaria pagar US$ 6,6 bilhões, notadamente uma quantia elevada, mas não tão grande considerando o tamanho e potencial da Venezuela.

“Desde o início do segundo semestre de 2014, quando o preço do petróleo começou a despencar de mais de US$ 100,00 por barril WTI ao seu mínimo de US$ 26,00 em março deste ano, e sua recuperação ao seu nível atual de US$ 45,00-50,00, os mercados têm definido preços com base na expectativa de uma inadimplência por parte da Venezuela e sua principal companhia petrolífera, a Petróleos de Venezuela, S.A., mas estavam equivocados”, aponta Diego Marynberg, gerente de portfólio na Adar Capital.

O relatório da Adar Capital argumenta, ainda, que por dois anos, os investidores têm descontado a dívida emitida pela República da Venezuela e pela Petróleos de Venezuela, S.A. por mais de 30% p.a. em títulos com vencimento até 2022, a taxas de juros de 20% ou mais para o resto dos títulos. Como país dependente da negociação internacional na qual o estado é o exportador e importador principal de mercadorias, a Adar Capital não espera que haja uma inadimplência, considerando o impacto catastrófico que isso representaria internamente para o país.

“Nas circunstâncias mais adversas imagináveis, o presidente Maduro demonstrou uma atitude de total responsabilidade e pragmatismo, fazendo cada pagamento tanto de capital quanto de juros nas devidas datas, e reduzindo a dívida externa do país”, transmite Diego Marynberg.


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