Governo deita abaixo Casa da Lancha ilegal

O Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, deitou abaixo uma “Casa da Lancha”, no Porto Santo, a mesma que havia, na qualidade de entidade gestora do domínio público marítimo, tomado posse administrativa no passado dia 3 de novembro por se encontrar numa situação ilegal.

Trata-se de um caso que remonta ao ano de 2003, altura em que o Governo Regional decidiu não renovar a licença e, em 2005, deliberou proceder à demolição da estrutura ilegal edificada no espaço, com o fundamento no facto de “a tipologia, características, dimensão e funcionalidade que adquiriu não se adequarem à sua manutenção na zona em causa, para além de violarem os elementos essenciais da licença emitida e representarem uma invasão de áreas do domínio público marítimo não licenciado”.

Em Julho deste ano, continuando a verificar-se a mesma situação ilegal, foi decidido pela Secretária Regional do Ambiente e Recursos Naturais proceder à sua imediata execução, tendo sido, no mês seguinte, notificado o utilizador daquele espaço para, no prazo máximo de 60 dias “remover as instalações desmontáveis, bem como proceder à demolição das instalações indesmontáveis, repondo a situação que existia anteriormente à execução das referenciadas obras de génese ilegal”.

Uma vez expirado o prazo e verificado que a situação se mantinha igual, a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais afixou, na semana passada, dia 26 de outubro, no imóvel em referência e na respetiva Junta de Freguesia o Edital dando conta de que o Governo regional tomaria posse das instalações no dia 2 de novembro.

A Direção Regional de Ordenamento do Território (DROTA), com a colaboração da Capitania e da Direção Regional para a Administração do Porto Santo (DRAPS) tomou posse das instalações com a intenção de proceder à regularização da ocupação e à demolição do imóvel construído ilegalmente, sem prejuízo de eventuais ações do privado, nomeadamente recursos a medidas cautelares.

Com o destruir desta Casa da lancha, a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais veio pôr fim a uma situação ilegal que se arrastava há anos, devolvendo aquele espaço à gestão do domínio público.


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