Catalunha: eleições registam mais de 400 feridos

Foram registados vários momentos tensos e de violência na Catalunha entre a população, na tentativa de realizar um referendo para decidir se a região deve ser independente de Espanha, e as autoridades que tentam impedir a votação, já que o referendo foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

A presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, anunciou que 460 pessoas ficaram feridas ao longo da manhã e início da tarde deste domingo, em confrontos com a polícia espanhola, um pouco por toda a região catalã. “Como presidente da Câmara de Barcelona, exijo um fim imediato às cargas policiais contra a população indefesa”, lançou Colau no Twitter.

A meio da tarde deste domingo continuam a surgir novas imagens de confrontos entre as polícias nacionais espanholas e eleitores catalães nos locais de votos, que são ainda alvos de rusgas, várias horas depois da abertura das urnas. Mas surge um tema novo: imagens da polícia local catalã, os Mossos d’Esquadra, em confronto com a Guarda Civil.

Os Mossos d’Esquadra recusaram-se a participar nas operações de remoção das pessoas concentradas nos locais de votos durante a manhã, assim como nos controlos de motim. A Guarda Civil, militarizada e nacional, começou a difundir imagens de escaramuças entre as duas autoridades e de mossos não intercedendo contra o referendo.

Ao início da tarde, na última atualização, o número de feridos situava-se perto das 350 pessoas, algumas em estado grave. A maioria dos ferimentos aconteceu de manhã, com a entrada violenta da polícia espanhola em locais onde se estendiam filas com dezenas de pessoas, que esperavam para votar e se viram escorraçados com brutalidade.

Fotos: DR


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