Ataque aéreo com “gás tóxico” causou 50 vítimas na Síria

Um ataque aéreo com um “gás tóxico”, lançado esta terça-feira sobre a província de Idlib, terá causado 58 vítimas mortais, entre as quais 11 crianças, denunciou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
A France-Presse avançou entretanto que o hospital onde os feridos estavam a ser assistidos foi bombardeado, registando-se “destruição significativa” na infraestrutura.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, o ataque com gás tóxico terá acontecido esta manhã na localidade de Khan Sheikhoun por aviões não identificados.
As vítimas deste ataque mostravam sinais de asfixia, vómitos e dificuldade em respirar, sintomas comuns decorrentes do contacto com agentes químicos. As equipas de assistência encontraram “pessoas a sufocar nas ruas”.
A província de Idlib é controlada em grande parte por facções rebeldes de oposição ao Governo e pelo grupo Tahrir al-Sham, anteriormente conhecido como al-Nusra, e que é identificado como a representação da al-Qaeda na Síria.
É uma província é alvo regular de ataques perpetrados pelo Governo de Bashar al-Assad e pelos aliados russos. A coligação internacional liderada pelos Estados Unidos também tem levado a cabo vários ataques na região, num contexto de luta contra o auto-proclamado Estado Islâmico.
A oposição acusa o Governo de Damasco ter lançado o gás tóxico sobre os civis. O Governo sírio já negou por várias vezes o uso de armas químicas contra civis mas ainda não prestou qualquer declaração sobre este ataque em Khan Sheikhoun.
Em Agosto de 2013, vários países e organizações ocidentais condenaram o Governo sírio por ter desencadeado um ataque com gás sarin em zonas controladas por rebeldes nos subúrbios de Damasco. Morreram pelo menos 300 pessoas. O Governo de Bashar al-Assad negou categoricamente todas acusações.


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