Apoios de emergência podem ser excluídos do défice
A Comissão Europeia admitiu hoje excluir no cálculo do défice as verbas gastas por Portugal com os apoios de emergência concedidos na sequência dos incêndios do fim de semana, que provocaram 63 mortos.
“De acordo com as regras da União Europeia (UE), as verbas gastas em resposta a grandes catástrofes naturais podem ser classificadas como `one off`”, ou seja, uma medida de excepção irrepetível que não é considerada para calcular o défice, disse a porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros, Annika Breidthardt, adiantando que não há, para já, nenhum pedido específico do Governo da República nesse sentido.
O fogo, que deflagrou no início da tarde de sábado, no concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.
O último balanço dá conta de 63 mortos civis e 135 feridos, entre os quais 121 civis, 13 bombeiros e um militar da GNR. Dos 135 feridos, sete estão em estado grave. Há ainda dezenas de deslocados, estando por calcular o número de casas e viaturas destruídas.
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