Portugal perdeu 6,8 mil milhões com as alterações climáticas
Portugal perdeu 6,8 mil milhões de euros com as consequências das alterações climáticas, entre 1980 e 2013, e apenas uma pequena parte é coberta pelos seguros. A conclusão é do relatório “Alterações Climáticas, Impactos e Vulnerabilidades na Europa 2016”, divulgado esta quarta-feira pela Agência Europeia do Ambiente (EEA), segundo o qual o sul da Europa, nomeadamente a península ibérica, vai ser das zonas mais atingidas pelas mudanças do clima no futuro.
No total da Europa, os custos relacionados com as alterações climáticas atingem 393 mil milhões de euros, com a Alemanha a liderar, ao chegar aos 78,7 mil milhões, ou mil milhões per capita, dos quais 44% estavam cobertos por seguros.
“As alterações climáticas vão continuar por muitas décadas no futuro”, realça o director executivo da EEA, Hans Bruyninckx, considerando que a dimensão das mudanças e os seus impactos vão depender não epanas da concretização dos acordos globais para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa como também da adopção de políticas e estratégias para reduzir os riscos dos actuais e futuros fenómenos climáticos extremos.
A península ibérica é referida no relatório como exemplo de região onde já se observam algumas mudanças, como a diminuição da precipitação, principalmente no centro de Portugal. A erosão costeira também já provocou “significativas perdas económicas, estragos ecológicos e problemas sociais”, aponta ainda a EEA, dando o exemplo de Portugal, que entre 1995 e 2003 “investiu 500 milhões de euros na reabilitação de dunas, na frente mar e na defesa”.
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