Cunhado do Rei de Espanha vai para a prisão

Iñaki Urdangarin, cunhado do rei de Espanha, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por prevaricação, fraude, tráfico de influência. O marido da infanta Cristina, absolvida no mesmo processo, terá ainda de pagar uma multa de 512 mil euros no âmbito do caso Nóos.

Iñaki era acusado de ter utilizado as suas ligações à família real para ganhar concursos públicos, desviando depois fundos para a Aizoon, uma empresa que geria com a infanta Cristina e utilizava para financiar o seu estilo de vida luxuoso.

O Ministério Público anticorrupção tinha pedido em Junho de 2016 uma pena de prisão de 19 anos e meio e uma multa de 980.000 euros para Iñaki Urdangarin e uma pena de prisão de 16,5 anos para o seu sócio, Diego Torres, acusado de peculato e agora sentenciado a oito anos e seis meses de prisão, além de uma multa superior a 1,7 milhões de euros.

Estavam 17 suspeitos no banco dos réus por causa de negócios feitos pelo Instituto Nóos, uma organização sem fins lucrativos, com sede em Palma de Maiorca, que Iñaki Urdangarin, cunhado do rei Felipe VI, fundou e presidiu entre 2004 e 2006.

Durante o julgamento, a infanta negou ter conhecimento das actividades do marido.

Este caso, que tem manchado a reputação da monarquia espanhola, terá contribuído para a abdicação do rei Juan Carlos, em Junho de 2014, a favor do filho.


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