Três médicos constituídos arguidos na operação «O Negativo»
Três médicos foram hoje constituídos arguidos no âmbito da operação «O Negativo», que investiga crimes de corrupção no fornecimento de produtos hemoderivados e plasma humano inactivado ao Serviço Nacional de Saúde.
Em comunicado, a Polícia Judiciária informa que “na sequência da operação O negativo, relacionada com a investigação de fraudes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), foram realizadas durante o dia de hoje diversas diligências de busca e apreensão em residências, gabinetes de contabilidade, consultórios médicos e Centros Hospitalares de Lisboa e Porto, com o objectivo de detectar e apreender elementos relacionados com a prática dos factos em investigação”.
No decurso destas diligências “foram constituídos arguidos três médicos da especialidade da imunohemoterapia com responsabilidades nos concursos em investigação”.
De acordo com o mesmo comunicado, participaram na acção 50 elementos da Polícia Judiciária, três Juízes de Instrução e três Procuradores da República do DCIAP.
“No âmbito desta investigação a Polícia Judiciária já constituiu mais cinco arguidos, foram feitas duas detenções e realizadas vinte e sete buscas e outras diligências de prova, algumas das quais na Suíça e Alemanha”.
Os factos remontam a 1999, quando a farmacêutica suíça Octapharma assegurou o concurso de venda de plasma inativado (uma componente do sangue) aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Cunha Ribeiro era então presidente do júri do concurso e a farmacêutica assegurou um negócio que envolvia 137 milhões de euros, segundo números divulgados na altura pela imprensa.
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