Programa de Apoio à Aquisição de Medidores de Caudal em marcha

A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo anunciou que foi publicada ontem a portaria que aprova o Programa de Apoio à Aquisição de Medidores de Caudal, que visa contribuir para o reforço dos indicadores de qualidade de serviços, nomeadamente no que diz respeito ao balanço hídrico.

“São 360 mil euros, repartidos pelos próximos três anos, que estão disponíveis para que as autarquias possam adquirir medidores de caudal, que têm como finalidade o apuramento do volume de água fornecida para distribuição, conforme previsto pelo Sistema de Indicadores de Qualidade publicado pela ERSARA”, adiantou Marta Guerreiro.

A Secretária Regional, que falava no final de uma visita a um furo de captação de água no concelho da Lagoa, destacou a necessidade do uso consciente e sustentável da água, tal como se verifica neste concelho da ilha de São Miguel.

Os medidores de caudal são dispositivos instalados à saída de furos ou reservatórios que “permitem apurar o chamado balanço hídrico, que não é mais do que a diferença entre os valores da água captados e os efetivamente distribuídos”, salientou Marta Guerreiro, acrescentando que os valores distribuídos são apurados pelos contadores que existem nas habitações e nos estabelecimentos empresariais, “possibilitando saber que perdas podem existir no sistema de distribuição”.

A titular da pasta do Ambiente salientou que “todos os dispositivos que permitam regular a distribuição da água às populações são indispensáveis para que se possa ter a real perceção do uso deste bem essencial e das suas necessidades, salvaguardando o seu consumo sustentável”.

Atualmente, o balanço hídrico é o método mais utilizado na análise de todos os componentes do sistema de água, nomeadamente no consumo e nas perdas, tendo como objetivo possibilitar às entidades gestoras o controlo dos volumes de água aduzidos, distribuídos e perdidos no sistema de distribuição.

“Numa época em que a água possui um valor cada vez maior, não só ao nível económico, mas também como recurso fundamental para o bem-estar das populações, é importante salvaguardar o seu uso, sendo fundamental que não sejam só os consumidores a adotarem boas práticas para uma utilização eficiente deste bem, mas também o poder local a dar o seu contributo”, frisou Marta Guerreiro.


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